Tu és o filho do areal,
Filho dilecto da terra
Filho genuíno das eras pristinas,
Que a viram desbravada
Por teus antepassados
Que, pela vez primeira,
Cortaram as florestas
Aplainaram os acidentes
E a colonizaram para ta legar,
Glorioso legado que, como filho dedicado,
Sabes preservar dando-lhe
O amor que só tu podes guardar
Na tua alma simples e abençoada.
E abnegado és porque o teu coração
Não conhece a recompensa monetária,
Para ti o arecal é o amor
Florido e frutificado
E ele, por sua vez, oferece-te
Todo o tesouro enterrado.
As arequeiras, quais virgens delicadas,
Abrem sobre a tua cabeça
Inúmeros guarda-sóis para te resguardar
Contra os rigores do sol.
E as árvores de chanfas,
Brancas ou amarelas,
Perfumam o ambiente da tua herdade
E as correntes da água,
Serpenteando por toda a parte,
Beijam com veneração os teus pés.
Tu cavas e regas
E nunca no teu espírito
Dás guarida aos cálculos materiais,
És frugal nos teus hábitos,
Como os rishis, teus avoengos,
O teu corpo quase nu,
Simboliza o esplendor da natureza
Que, à maneira duma mãe,
É para ti generosa,
Ó irmão! Quem me dera
A ventura de, em tua companhia,
Ir cavar!
Filho dilecto da terra
Filho genuíno das eras pristinas,
Que a viram desbravada
Por teus antepassados
Que, pela vez primeira,
Cortaram as florestas
Aplainaram os acidentes
E a colonizaram para ta legar,
Glorioso legado que, como filho dedicado,
Sabes preservar dando-lhe
O amor que só tu podes guardar
Na tua alma simples e abençoada.
E abnegado és porque o teu coração
Não conhece a recompensa monetária,
Para ti o arecal é o amor
Florido e frutificado
E ele, por sua vez, oferece-te
Todo o tesouro enterrado.
As arequeiras, quais virgens delicadas,
Abrem sobre a tua cabeça
Inúmeros guarda-sóis para te resguardar
Contra os rigores do sol.
E as árvores de chanfas,
Brancas ou amarelas,
Perfumam o ambiente da tua herdade
E as correntes da água,
Serpenteando por toda a parte,
Beijam com veneração os teus pés.
Tu cavas e regas
E nunca no teu espírito
Dás guarida aos cálculos materiais,
És frugal nos teus hábitos,
Como os rishis, teus avoengos,
O teu corpo quase nu,
Simboliza o esplendor da natureza
Que, à maneira duma mãe,
É para ti generosa,
Ó irmão! Quem me dera
A ventura de, em tua companhia,
Ir cavar!