- Quem és, ó passante,
Que vais cabisbaixo e triste
Qual farrapo humano!
És algum fidalgo?
- Não! Não!
- Quem és, ó passante,
Que tens as faces cavadas
E a expressão desolada?
És algum exilado?
- Não! Não!
- Quem és, ó passante
Que andas trémulo
Sem força nas pernas?
És vitima de alguma enfermidade?
- Não! Não!
- Quem és, ó passante
Que pareces um ente miserável
Sem luz nos olhos?
Teria algum importuno ceifado
A vida dalgum ente querido?
- Não! Não!
- Quem és, ó passante
Que pareces um avarento
A quem em um instante
Tivessem os criminosos
Roubado o espólio acumulado?
- Não! Não!
- Quem és tu, ó passante
- Que pareces um ente desprezado
- Qual sofredor politico.
A mendigar depois de, por longo tempo,
Oferecer à sua pátria
O suor e o sangue?
Não! Não!
- Então quem és tu, ó passante?
Serás um espectro?
- Sou brâmane.
- Então que brâmane és?
Sou daqueles brâmanes
Que na dominação estrangeira
Procuraram força e poder
Para o engrandecimento pessoal.
Vejo agora tudo mudado!
Nem direitos nem poder!
- Direitos e poder,
Assentes na injustiça e tirania?
Estamos na democracia, Brâmane.
Ela precisa de teus serviços!
Olha para ti o ignorante e o doente,
Cada aldeia é terra virgem,
Ela te acena.
Tens inteligência, força e dinheiro
Vai e trabalha solitário
Nas aldeias onde medra a ignorância,
Direito e poder virão depois!
Serve teus irmãos
Sê pequeno e humilde,
Trabalha na escuridão,
Durante meses e anos
E um dia serás forte e grande!
- Quem és tu, ó desconhecido
Que me guiaste nesta escuridão?
-Sou hoje Gaudó,
Outrora Brâmane!
Vem amigo, vem trabalhar,
Que a cabeça do Brâmane
E o braço do Gaudó
Têm de se juntar
Para esta terra se levantar!
Que vais cabisbaixo e triste
Qual farrapo humano!
És algum fidalgo?
- Não! Não!
- Quem és, ó passante,
Que tens as faces cavadas
E a expressão desolada?
És algum exilado?
- Não! Não!
- Quem és, ó passante
Que andas trémulo
Sem força nas pernas?
És vitima de alguma enfermidade?
- Não! Não!
- Quem és, ó passante
Que pareces um ente miserável
Sem luz nos olhos?
Teria algum importuno ceifado
A vida dalgum ente querido?
- Não! Não!
- Quem és, ó passante
Que pareces um avarento
A quem em um instante
Tivessem os criminosos
Roubado o espólio acumulado?
- Não! Não!
- Quem és tu, ó passante
- Que pareces um ente desprezado
- Qual sofredor politico.
A mendigar depois de, por longo tempo,
Oferecer à sua pátria
O suor e o sangue?
Não! Não!
- Então quem és tu, ó passante?
Serás um espectro?
- Sou brâmane.
- Então que brâmane és?
Sou daqueles brâmanes
Que na dominação estrangeira
Procuraram força e poder
Para o engrandecimento pessoal.
Vejo agora tudo mudado!
Nem direitos nem poder!
- Direitos e poder,
Assentes na injustiça e tirania?
Estamos na democracia, Brâmane.
Ela precisa de teus serviços!
Olha para ti o ignorante e o doente,
Cada aldeia é terra virgem,
Ela te acena.
Tens inteligência, força e dinheiro
Vai e trabalha solitário
Nas aldeias onde medra a ignorância,
Direito e poder virão depois!
Serve teus irmãos
Sê pequeno e humilde,
Trabalha na escuridão,
Durante meses e anos
E um dia serás forte e grande!
- Quem és tu, ó desconhecido
Que me guiaste nesta escuridão?
-Sou hoje Gaudó,
Outrora Brâmane!
Vem amigo, vem trabalhar,
Que a cabeça do Brâmane
E o braço do Gaudó
Têm de se juntar
Para esta terra se levantar!