Não estou só, não.
Vejo cabeças que não pensam
E peitos que não arfam
E membros que não se movem
Todos são ídolos de pedra ou bronze
Mas não estou só! Não!
Porque sobre a minha cabeça erecta
Estende-se o firmamento,
Azul, branco ou cinzento,
Semeado de astros infinitos,
Que me falam a linguagem do universo,
E diante de mim estende-se o mar,
Azul e claro,
De cores e linhas infinitas,
Calmo ou turvado,
Mas sempre eloquente
Que dissipa a solidão do meu ser.
E à minha direita,
Extensos planos
A confundir-se com o horizonte,
Sem aves e animais,
Sem homens e árvores,
E à esquerda na encosta do planalto,
Arvoredo denso e verde
Palmeiras ou arequeiras,
Mangueiras e jaqueiras
Dando passagem aos Arroios
E no fundo o rio,
Calmo e abundante,
Como uma mãe de doze filhos
E o canto das aves
E o aroma das flores,
E tudo isto na sua mudez profunda
Na sua eloquência vasta
Vem lembrar-me
Que não estou só no universo.
Vejo cabeças que não pensam
E peitos que não arfam
E membros que não se movem
Todos são ídolos de pedra ou bronze
Mas não estou só! Não!
Porque sobre a minha cabeça erecta
Estende-se o firmamento,
Azul, branco ou cinzento,
Semeado de astros infinitos,
Que me falam a linguagem do universo,
E diante de mim estende-se o mar,
Azul e claro,
De cores e linhas infinitas,
Calmo ou turvado,
Mas sempre eloquente
Que dissipa a solidão do meu ser.
E à minha direita,
Extensos planos
A confundir-se com o horizonte,
Sem aves e animais,
Sem homens e árvores,
E à esquerda na encosta do planalto,
Arvoredo denso e verde
Palmeiras ou arequeiras,
Mangueiras e jaqueiras
Dando passagem aos Arroios
E no fundo o rio,
Calmo e abundante,
Como uma mãe de doze filhos
E o canto das aves
E o aroma das flores,
E tudo isto na sua mudez profunda
Na sua eloquência vasta
Vem lembrar-me
Que não estou só no universo.
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