No teu rosto
Há açoites
Das longas noites
De Agosto
Mas é risonho
O teu sonho
De guitarradas
A soluçar
Em noutadas
De luar
E de banquetes reaes
Nos palmeirais
Tu pensas...
E de repente
Na tua mente
Há visões imensas
De poentes vermelhos
A orlar
Há açoites
Das longas noites
De Agosto
Mas é risonho
O teu sonho
De guitarradas
A soluçar
Em noutadas
De luar
E de banquetes reaes
Nos palmeirais
Tu pensas...
E de repente
Na tua mente
Há visões imensas
De poentes vermelhos
A orlar
O mar profundo
E um Deus de joelhos
A orar
P’las dores do mundo.
No teu rosto
Há açoites...
E o desgosto
Acumulado
De tantas noites
Da escravidão
Noites de pecado
E de perdão!
E quando danças
Tua alma dança
Como as tranças
Duma criança
E se debate
Tetricamente
Ao ritmo quente
Do gumate
Quando, quando é que vem a manhã prometida
Da tua vida?
Sobre o cerro alem
A tarde desce,
E sobre a prece
Da Ave-Maria...
É o final
De mais um dia
Que passa
Da missão ancestral
Da tua raça.
E um Deus de joelhos
A orar
P’las dores do mundo.
No teu rosto
Há açoites...
E o desgosto
Acumulado
De tantas noites
Da escravidão
Noites de pecado
E de perdão!
E quando danças
Tua alma dança
Como as tranças
Duma criança
E se debate
Tetricamente
Ao ritmo quente
Do gumate
Quando, quando é que vem a manhã prometida
Da tua vida?
Sobre o cerro alem
A tarde desce,
E sobre a prece
Da Ave-Maria...
É o final
De mais um dia
Que passa
Da missão ancestral
Da tua raça.
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