Fui no Domingo visitar
A cama d’um hospital
Um antigo amigo meu
Quando me vinha para retirar
Notei um certo sinal
Que outro doente me deu.
“Ouça bondoso senhor
Se acaso de mim se int’ressa
Por caridade não parta
Por Deus, faça-me um favor
Se não levar muita pressa
Escrevia-me uma carta.
Assim me fez comover
Era o único doente
Que ali não tinha ninguém
Preparei-me para lhe escrever
Ditando ele tristemente:
“Minha boa e santa mãe...
Sei que vives arrastada
E durante a vida inteira
Só te persegue a desgraça
Não podes, não tragas nada
Vem-me ver na quinta-feira
Que a visita é de graça
Chega a hora da visita
Não te vejo aparecer
Fico cheio de anciedade
Pois, mãezinha a credita
Que só depois de te ver
Poderei morrer à vontade”
Depois de a carta fechar
Com meu coração entre abrolhos
Preparei-me e disse-lhe adeus
Não pude mais suportar
Vi-lhe as lágrimas nos olhos
E senti chorarem os meus.
A cama d’um hospital
Um antigo amigo meu
Quando me vinha para retirar
Notei um certo sinal
Que outro doente me deu.
“Ouça bondoso senhor
Se acaso de mim se int’ressa
Por caridade não parta
Por Deus, faça-me um favor
Se não levar muita pressa
Escrevia-me uma carta.
Assim me fez comover
Era o único doente
Que ali não tinha ninguém
Preparei-me para lhe escrever
Ditando ele tristemente:
“Minha boa e santa mãe...
Sei que vives arrastada
E durante a vida inteira
Só te persegue a desgraça
Não podes, não tragas nada
Vem-me ver na quinta-feira
Que a visita é de graça
Chega a hora da visita
Não te vejo aparecer
Fico cheio de anciedade
Pois, mãezinha a credita
Que só depois de te ver
Poderei morrer à vontade”
Depois de a carta fechar
Com meu coração entre abrolhos
Preparei-me e disse-lhe adeus
Não pude mais suportar
Vi-lhe as lágrimas nos olhos
E senti chorarem os meus.
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