Porque será
Que de um mês para cá
Está às escuras
A convidar gatunos,
Importunos,
A travessa
Que passa
Pela minha casa?
Rios andantes aqui,
Poças estagnadas além,
Porque não há luz,
Para a gente
Que vai e vem?
Com monturos num canto,
Um rato morto também,
Que os varredores,
- Que espanto! –
Nem tocam com o medo
De sujarem os dedos,
Diga-me lá,
Em plena monção,
Porque essa lassidão
Dos serviços públicos?
E havendo suínos,
Valdevinos,
A assinalar de umunda
A sua passagem vagabunda,
Porque estão na escuridão,
As estradas da cidade,
Aqui, acolá,
Agora que para Mapuçá
Fornece electricidade
O Além-Gates?
Porque este lamaçal
Com desprezo soberano
Pelo conforto humano,
Pela estética social?
Será porque,
Nesta faminta terra,
Onde cada boca berra
A pedir mais pão
E não sei quê,
Ninguém liga a Você
Deixando “correr o marfim”
Sem pensar em si,
Em mim,
Ou nos demais,
Como seres racionais?
Que de um mês para cá
Está às escuras
A convidar gatunos,
Importunos,
A travessa
Que passa
Pela minha casa?
Rios andantes aqui,
Poças estagnadas além,
Porque não há luz,
Para a gente
Que vai e vem?
Com monturos num canto,
Um rato morto também,
Que os varredores,
- Que espanto! –
Nem tocam com o medo
De sujarem os dedos,
Diga-me lá,
Em plena monção,
Porque essa lassidão
Dos serviços públicos?
E havendo suínos,
Valdevinos,
A assinalar de umunda
A sua passagem vagabunda,
Porque estão na escuridão,
As estradas da cidade,
Aqui, acolá,
Agora que para Mapuçá
Fornece electricidade
O Além-Gates?
Porque este lamaçal
Com desprezo soberano
Pelo conforto humano,
Pela estética social?
Será porque,
Nesta faminta terra,
Onde cada boca berra
A pedir mais pão
E não sei quê,
Ninguém liga a Você
Deixando “correr o marfim”
Sem pensar em si,
Em mim,
Ou nos demais,
Como seres racionais?
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