O Sempre-Fixe (este nome traz-nos sempre à ideia o título do jornal, irmão gémeo de “Os Ridículos”, fundado em Lisboa, por Amarelho), cronista das quintas-feiras de “O Heraldo”, querendo talvez competir com a Ala dos Namorados, saiu a estacada em defesa da sua dama – o grupinho que apodamos, com inteira razão, de Obstrucionistas, por terem querido passar-nos rasteira e palmar os frutos da actividades do Círculo de Amizade Indo-Portuguesa, sabemos bem com que intuitos.
Se o Sempre-Fixe tivesse lido o número especial do “Ressurge, Goa!” dedicado à Amizade Indo-Portuguesa e se conhecesse o nosso passado de anti-colonialista, mas defensor acérrimo da difusão e manutenção da Língua e Cultura portuguesas em Goa, ficaria elucidada acerca de Ideologia e Actividades do Círculo e não cairia no dislate de afirmar, equivocamente, que “Um dos seus pilares começou a amizade anunciando que de deviam acabar por completo todos os vestígios dos Portugueses não se compreende como passou a ser amigo”.
Ora, o que nós sugerimos, logo após a nossa chegada à Goa, liberto das masmorras dos colonialistas, foi que fossem varridos todos os estigmas do colonialismo (que era um opróbrio para a Nossa Terra e para nós) o que é diferente dos vestígios dos portugueses. Mas esta diferença subtil os espíritos obscurecidos pelo culto do colonialismo não podem compreender. Do mesmo modo, logo após o triunfo da Revolução de 25 de Abril, os seus mentores apagaram todos os vestígios de Salazar – a grandiosa ponte sobre o Tejo mandada construir pelo Ditador para perpetuar a sua memória, deixou de ser Ponte Salazar para passar a ser Ponte 25 de Abril; e todos os nomes dos apaniguados do homem de Santa Comba Dão, como Américo Tomás e outros foram varridos inexoravelmente da face da terra. E ninguém, em Portugal, ousou chamar-lhes iconoclastas, porque eles, os portugueses, de todas as escolas sociais são mais politizadas, do que nós, os ex-colonizados goeses. Ficam, pois, o Sempre-Fixe o os da sua grei elucidados, de uma vez para sempre, quanto a este assunto, para não virem lançar, volta e meia, aquela suspeição própria de cabeças obtusas, ou como quem faz girar o moinho de orações sem intenção nem devoção.
A Crónica que publicamos acerca dos Obstrucionistas não foi de animo leve, mas depois de termos estudado bem os intuitos e as intenções daquele grupinho, e foi um test necessário para extremar os campos, porque, como Cristo ensinou “quem não é por nós é contra nós”. E como disse São Pedro, o mais ardoroso discípulo e propagandista das Doutrinas do Mestre, calejando na dura faina de lançar a rede e pelos ventos desabridos do Tiberia – de, e que com uma espadeirada, decepara a orelha ao servo dum Rabino – “Quem o inimigo poupa nas mãos lhe morre”. E não somos dos que, quando nos esbofeteiam uma face oferecem a outra (um ensinamento hipócrita atribuído a Cristo que, como Revolucionário que era, deveria ser brioso e não um pusilânime, como querem os hipócritas para fazer das suas ovelhas cordeirinhos mansos).
No nosso artigo não procuramos fazer passar pelas ruas de amargura os obstrucionistas, como pretende o Sempre-Fixe, nem depois de eles discordarem de nós (quem os convidou não sabemos), mas na primeira reunião começaram logo por propor a representação da “Barca Sem Pescador” (julgando talvez brilhar no palco), proposta que rejeitamos por a peça não ser do autor português e justificando que do repertório do Círculo só podiam fazer parte originais portugueses e indianos, em português, ou adaptação de peças indianas. E aquela sua proposta ficou prejudicada, o que os amargurou deveras.
Um amigo comum que assistiu à Conferência de Imprensa do Círculo, mostrou-se muito interessado pelo programa delineado e compremeteu-se a arranjar elementos para se formar o elenco. E na reunião seguinte comparecerem os mesmo elementos com quem lá tínhamos travado conhecimento na reunião anterior. Como a sua proposta não tinha sido aceite, torceram o nariz para as peças originais propostas pelo Conselho de Leitura do Circulo a apresentaram na reunião seguinte uma proposta para uma espécie da sociedade de Coca-Cola, pelo que revelaram o seu interesse não pela arte, mas em saborear o precioso líquido de origem americana. Seria fastidioso esmiuçar este assunto de modo que os obstrucionistas chegaram a sugestionar o tal amigo comum que, depois disso se desinteressou completamente. Mas não há elementos insubstituíveis nesta Nossa Terra, graças a Deus – insubstituíveis e desinteressados.
A critica à peça “Barca sem Pescador” foi feita em “O Heraldo” a seu devido tempo, quase nos mesmos termos que nós, por alguém que não é verde na matéria. Só agora se nos ofereceu ensejo de nos referimos a ela para desmascarar abertamente, e não à socapa, o grupo dos obstrucionistas.
Nós ocupamos o posto de “pilar” como impropriamente diz o Sempre-Fixe, não por o ambicionarmos, mas no-lo ter sido imposto. E, cônscios da nossa responsabilidade, estamos empenhados em realizar uma obra válida, não nos poupando ao esforço para produzir peças originais adequadas aos intuitos do Cículo, indo a Pangeim sempre que é necessário galgando distancias, com sacrifícios de vária ordem. Tomamos o compromisso de bem servir a causa do Círculo. Esse compromisso estamos decididos a honrá-lo mesmo que tenhamos de pôr o pé no inferno, como soe dizer-se.
Gastamos toda esta cera para edificar o espírito do Sempre Fixe, para que os seus leitores não se deixem embair com histórias parciais e fantasiadas. No entanto estamos-lhe gratos pelos votos que faz no fim do seu artigo (“O Heraldo” de 30 de Outubro último, cremos que com boas e sinceras intenções) pelo “florescimento do Círculo de Amizade Indo-Portuguesa que receberá de braços abertos e coração exultante de alegria (há mais alegria no Céu por um pecador convertido do que por mil santos que nunca pecaram como disse Cristo. Apesar de nos apodarem de ímpio, conhecemos alguma coisa dos ensinamentos do doce Nazareno e os praticamos). Receberá de braços abertos, dizíamos nós, todos quantos, sem reserve mental, nele queiram ingressar.
Se o Sempre-Fixe tivesse lido o número especial do “Ressurge, Goa!” dedicado à Amizade Indo-Portuguesa e se conhecesse o nosso passado de anti-colonialista, mas defensor acérrimo da difusão e manutenção da Língua e Cultura portuguesas em Goa, ficaria elucidada acerca de Ideologia e Actividades do Círculo e não cairia no dislate de afirmar, equivocamente, que “Um dos seus pilares começou a amizade anunciando que de deviam acabar por completo todos os vestígios dos Portugueses não se compreende como passou a ser amigo”.
Ora, o que nós sugerimos, logo após a nossa chegada à Goa, liberto das masmorras dos colonialistas, foi que fossem varridos todos os estigmas do colonialismo (que era um opróbrio para a Nossa Terra e para nós) o que é diferente dos vestígios dos portugueses. Mas esta diferença subtil os espíritos obscurecidos pelo culto do colonialismo não podem compreender. Do mesmo modo, logo após o triunfo da Revolução de 25 de Abril, os seus mentores apagaram todos os vestígios de Salazar – a grandiosa ponte sobre o Tejo mandada construir pelo Ditador para perpetuar a sua memória, deixou de ser Ponte Salazar para passar a ser Ponte 25 de Abril; e todos os nomes dos apaniguados do homem de Santa Comba Dão, como Américo Tomás e outros foram varridos inexoravelmente da face da terra. E ninguém, em Portugal, ousou chamar-lhes iconoclastas, porque eles, os portugueses, de todas as escolas sociais são mais politizadas, do que nós, os ex-colonizados goeses. Ficam, pois, o Sempre-Fixe o os da sua grei elucidados, de uma vez para sempre, quanto a este assunto, para não virem lançar, volta e meia, aquela suspeição própria de cabeças obtusas, ou como quem faz girar o moinho de orações sem intenção nem devoção.
A Crónica que publicamos acerca dos Obstrucionistas não foi de animo leve, mas depois de termos estudado bem os intuitos e as intenções daquele grupinho, e foi um test necessário para extremar os campos, porque, como Cristo ensinou “quem não é por nós é contra nós”. E como disse São Pedro, o mais ardoroso discípulo e propagandista das Doutrinas do Mestre, calejando na dura faina de lançar a rede e pelos ventos desabridos do Tiberia – de, e que com uma espadeirada, decepara a orelha ao servo dum Rabino – “Quem o inimigo poupa nas mãos lhe morre”. E não somos dos que, quando nos esbofeteiam uma face oferecem a outra (um ensinamento hipócrita atribuído a Cristo que, como Revolucionário que era, deveria ser brioso e não um pusilânime, como querem os hipócritas para fazer das suas ovelhas cordeirinhos mansos).
No nosso artigo não procuramos fazer passar pelas ruas de amargura os obstrucionistas, como pretende o Sempre-Fixe, nem depois de eles discordarem de nós (quem os convidou não sabemos), mas na primeira reunião começaram logo por propor a representação da “Barca Sem Pescador” (julgando talvez brilhar no palco), proposta que rejeitamos por a peça não ser do autor português e justificando que do repertório do Círculo só podiam fazer parte originais portugueses e indianos, em português, ou adaptação de peças indianas. E aquela sua proposta ficou prejudicada, o que os amargurou deveras.
Um amigo comum que assistiu à Conferência de Imprensa do Círculo, mostrou-se muito interessado pelo programa delineado e compremeteu-se a arranjar elementos para se formar o elenco. E na reunião seguinte comparecerem os mesmo elementos com quem lá tínhamos travado conhecimento na reunião anterior. Como a sua proposta não tinha sido aceite, torceram o nariz para as peças originais propostas pelo Conselho de Leitura do Circulo a apresentaram na reunião seguinte uma proposta para uma espécie da sociedade de Coca-Cola, pelo que revelaram o seu interesse não pela arte, mas em saborear o precioso líquido de origem americana. Seria fastidioso esmiuçar este assunto de modo que os obstrucionistas chegaram a sugestionar o tal amigo comum que, depois disso se desinteressou completamente. Mas não há elementos insubstituíveis nesta Nossa Terra, graças a Deus – insubstituíveis e desinteressados.
A critica à peça “Barca sem Pescador” foi feita em “O Heraldo” a seu devido tempo, quase nos mesmos termos que nós, por alguém que não é verde na matéria. Só agora se nos ofereceu ensejo de nos referimos a ela para desmascarar abertamente, e não à socapa, o grupo dos obstrucionistas.
Nós ocupamos o posto de “pilar” como impropriamente diz o Sempre-Fixe, não por o ambicionarmos, mas no-lo ter sido imposto. E, cônscios da nossa responsabilidade, estamos empenhados em realizar uma obra válida, não nos poupando ao esforço para produzir peças originais adequadas aos intuitos do Cículo, indo a Pangeim sempre que é necessário galgando distancias, com sacrifícios de vária ordem. Tomamos o compromisso de bem servir a causa do Círculo. Esse compromisso estamos decididos a honrá-lo mesmo que tenhamos de pôr o pé no inferno, como soe dizer-se.
Gastamos toda esta cera para edificar o espírito do Sempre Fixe, para que os seus leitores não se deixem embair com histórias parciais e fantasiadas. No entanto estamos-lhe gratos pelos votos que faz no fim do seu artigo (“O Heraldo” de 30 de Outubro último, cremos que com boas e sinceras intenções) pelo “florescimento do Círculo de Amizade Indo-Portuguesa que receberá de braços abertos e coração exultante de alegria (há mais alegria no Céu por um pecador convertido do que por mil santos que nunca pecaram como disse Cristo. Apesar de nos apodarem de ímpio, conhecemos alguma coisa dos ensinamentos do doce Nazareno e os praticamos). Receberá de braços abertos, dizíamos nós, todos quantos, sem reserve mental, nele queiram ingressar.
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