Meu lenço todo branco, de cambraia,
Comprado, um dia, aos vendilhões da feira!
Lindo presente que a minha pobre aia
M’ofereceu ,p’los anos, prazenteira;
Como crianças que são da minha laia,
Fui de mil precipícios caminheira;
E aquela mulher, sempre de atalaia,
Amparou-me, só eu sei, de que maneira!
Dia dos mortos! Sinto, na minha alma, o tédio
De a não ver, a nostalgia sem remédio,
Duma dedicação, como não há igual;
Comprado, um dia, aos vendilhões da feira!
Lindo presente que a minha pobre aia
M’ofereceu ,p’los anos, prazenteira;
Como crianças que são da minha laia,
Fui de mil precipícios caminheira;
E aquela mulher, sempre de atalaia,
Amparou-me, só eu sei, de que maneira!
Dia dos mortos! Sinto, na minha alma, o tédio
De a não ver, a nostalgia sem remédio,
Duma dedicação, como não há igual;
E evocando aquele tempo tão remoto,
Trago, ainda nas mãos, o lenço já roto,
Ao desfolhar rosas no seu coval!
Trago, ainda nas mãos, o lenço já roto,
Ao desfolhar rosas no seu coval!
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