“O Indiano é individualista e por isso o sistema democrático dá-se bem na Índia”- Indira Gandhi falando recentemente em Londres
“Vamos abrir uma janela sobre a cultura ocidental” – Mahatma Gandhi
“É bom, é saudável, cada um orgulhar-se da sua língua mãe, mas odiar uma outra língua é fanatismo de pior espécie
“Minha pátria é a língua portuguesa!” – do poeta António Barahona, referenciado num artigo por Dr. Carmo Azevedo.
Martinho Noronha, sacerdote e intelectual que conhece como raros em Goa ao lado de Carmo Azevedo, Mário Cabral e Sá, o segredo, o mistério da Palavra Portuguesa, teve um dia esta resposta realista quando lhe foram pedir para fazer uma conferência sobre o “Futuro da Língua Portuguesa em Goa”: “Olha, primeiro não sou um astrólogo para predizer o futuro e depois, de momento, o que me interessa é fortalecer a minha língua - o konkani”. Não sei até que ponto o cultivo da língua portuguesa pode afectar o desenvolvimento da literatura konkani, mas estou convencido da verdade das palavras do Mahatma – “É preciso abrir uma janela sobre a cultura ocidental...”
Entre as instituições de ensino secundário na língua inglesa que tomaram o risco e a coragem de introduzir o português como língua secundária encontra-se a prestigiosa e coroada de louros “People’s High School” do Prof. Surlakar em Fontainhas. A professora encarregada de ensinar o português em casa nem por assim dizer tem contacto algum com a cultura portuguesa é uma jovem senhora da cidade, Celina Velho e Almeida, que começou a sua vida académica no velho Liceu tendo passado o 7o ano de letras grupo C e mais tarde feito o BA e Master of Education na Universidade de Bombaim.
Como me notou o Pe. Filinto Cristo Dias a quem referi estes casos de devoção à língua portuguesa – é um verdadeiro apóstolo. Sem alarde, na rotina do dia a dia por entre bancos escolares e a palmatória ausente, a palavra portuguesa volta a ecoar a mensagem de um Humanismo que chegou à Índia em 1498...
Nestas condições foi um acto de Reconhecimento e justiça a apresentação no programa Renascença de um acto de variedades dos alunas da escola People’s High School sob a direcção da sua Profa. Celina Velho e Almeida.
A abrir o Programa, Ninfa Fernandes declamou uma bem substanciosa poesia que talvez não ficasse muito a calhar num programa de meninos, mas senões desses não desfeiam a beleza do esforço humano. Sulana Costa revela-se como um voz para a canção popular portuguesa e a sua participação é digna de nota. Mas Sadhna Mahtme impôs-se-me como a expressão da adaptabilidade do gênio hindu a uma cultura estrangeira, a louçania fresca da inocência usando da palavra portuguesa como um meio de comunicação com os rádio-ouvintes, a voz da Índa falando de uma outra Pátria onde há meninas também que sonham e amam a Índia na caminhada para a Pátria Universal de um ‘horizonte sem fronteiras’ como queria o nosso poeta Orlando Costa.
Nesta época de aproximação de culturas, Indiana e Portuguesa, e quando a Gulbenkian pretende patrocinar a ida a Portugal de 3 jovens goeses, levamos ao conhecimento do Público e em especial, da sociedade da Língua Portuguesa, cujo Coordenador Local, Dr. Carmo Azevedo, com certeza deve estar a processar as sugestões sob o critério na escolha dos representantes indianos.
Felicitamos sinceramente a Profa. Celina Velho e Almeida que não obstante as preocupações do ensino da língua portuguesa toma cuidado em amorosamente transmitir toda a Poética ou Palavra Portuguesa, talvez contribuindo para o ideal da Pátria Universal.
“Vamos abrir uma janela sobre a cultura ocidental” – Mahatma Gandhi
“É bom, é saudável, cada um orgulhar-se da sua língua mãe, mas odiar uma outra língua é fanatismo de pior espécie
“Minha pátria é a língua portuguesa!” – do poeta António Barahona, referenciado num artigo por Dr. Carmo Azevedo.
Martinho Noronha, sacerdote e intelectual que conhece como raros em Goa ao lado de Carmo Azevedo, Mário Cabral e Sá, o segredo, o mistério da Palavra Portuguesa, teve um dia esta resposta realista quando lhe foram pedir para fazer uma conferência sobre o “Futuro da Língua Portuguesa em Goa”: “Olha, primeiro não sou um astrólogo para predizer o futuro e depois, de momento, o que me interessa é fortalecer a minha língua - o konkani”. Não sei até que ponto o cultivo da língua portuguesa pode afectar o desenvolvimento da literatura konkani, mas estou convencido da verdade das palavras do Mahatma – “É preciso abrir uma janela sobre a cultura ocidental...”
Entre as instituições de ensino secundário na língua inglesa que tomaram o risco e a coragem de introduzir o português como língua secundária encontra-se a prestigiosa e coroada de louros “People’s High School” do Prof. Surlakar em Fontainhas. A professora encarregada de ensinar o português em casa nem por assim dizer tem contacto algum com a cultura portuguesa é uma jovem senhora da cidade, Celina Velho e Almeida, que começou a sua vida académica no velho Liceu tendo passado o 7o ano de letras grupo C e mais tarde feito o BA e Master of Education na Universidade de Bombaim.
Como me notou o Pe. Filinto Cristo Dias a quem referi estes casos de devoção à língua portuguesa – é um verdadeiro apóstolo. Sem alarde, na rotina do dia a dia por entre bancos escolares e a palmatória ausente, a palavra portuguesa volta a ecoar a mensagem de um Humanismo que chegou à Índia em 1498...
Nestas condições foi um acto de Reconhecimento e justiça a apresentação no programa Renascença de um acto de variedades dos alunas da escola People’s High School sob a direcção da sua Profa. Celina Velho e Almeida.
A abrir o Programa, Ninfa Fernandes declamou uma bem substanciosa poesia que talvez não ficasse muito a calhar num programa de meninos, mas senões desses não desfeiam a beleza do esforço humano. Sulana Costa revela-se como um voz para a canção popular portuguesa e a sua participação é digna de nota. Mas Sadhna Mahtme impôs-se-me como a expressão da adaptabilidade do gênio hindu a uma cultura estrangeira, a louçania fresca da inocência usando da palavra portuguesa como um meio de comunicação com os rádio-ouvintes, a voz da Índa falando de uma outra Pátria onde há meninas também que sonham e amam a Índia na caminhada para a Pátria Universal de um ‘horizonte sem fronteiras’ como queria o nosso poeta Orlando Costa.
Nesta época de aproximação de culturas, Indiana e Portuguesa, e quando a Gulbenkian pretende patrocinar a ida a Portugal de 3 jovens goeses, levamos ao conhecimento do Público e em especial, da sociedade da Língua Portuguesa, cujo Coordenador Local, Dr. Carmo Azevedo, com certeza deve estar a processar as sugestões sob o critério na escolha dos representantes indianos.
Felicitamos sinceramente a Profa. Celina Velho e Almeida que não obstante as preocupações do ensino da língua portuguesa toma cuidado em amorosamente transmitir toda a Poética ou Palavra Portuguesa, talvez contribuindo para o ideal da Pátria Universal.