Certo dia, acordei de manhã cedo,
E fiquei, no meu leito, a escutar
Um lindo, harmonioso gorjear
De pássaros poisados no arvoredo.
Pouco depois me levantei, e ledo
Uma janela abri de par em par,
Para melhor no quarto penetrar
O canto divinal do passaredo.
Reparei logo, que se destecava
Dos moruonis a vibração maviosa
E enternecidamente eu a escutava.
Mas uma gralha, num gesto brutal,
Metendo a sua voz rude e fanhosa,
Transtornou o concerto matinal
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