Sou bem-aventurado!
Porque em menos de um ano e meio
Está cumprida a promessa do paraíso!
E agora eu estou a nadar
Nas suas delícias!
O Ministro, coitado, não come arroz
Faz três dias e eu, felizardo,
Faz três meses!
No nosso bairro de vinte casas,
Os beneméritos assaltam cinco
Em três dias!
O B.D.O abre dois poços
Que custam três mil rupias
E da água nem uma gota!
O Mamlatdar assina documentos
E não compreende uma letra sequer!
O mestre da escola abandona as aulas
E visita as casas da aldeia
A ensinar aos pais
“Jajach Pahijê!”
Como, às vezes,
No hotel da cidade
E pago rupia e meia
E quando saio
Vejo que a minha pança
Está ainda vazia!
Um telegrama do meu velho tio
Expedido de Canácona
Em dois de Janeiro,
Chega-me em três de Fevereiro!
(E ironia do Destino!)
Quando chego ao mau destino
Estava o tio transferido
Para o céu!
A minha terra abunda
Em cocos – dizem
Mas eu compro dois
Por uma rupia!
E, às vezes, saem ocos
Na lauta boda que lá vai,
Migalhas cabem ao vizinho,
Sofredor político
Que deu seu sangue
Para elevar uns boçais
Às cadeiras dos governantes!
Porque em menos de um ano e meio
Está cumprida a promessa do paraíso!
E agora eu estou a nadar
Nas suas delícias!
O Ministro, coitado, não come arroz
Faz três dias e eu, felizardo,
Faz três meses!
No nosso bairro de vinte casas,
Os beneméritos assaltam cinco
Em três dias!
O B.D.O abre dois poços
Que custam três mil rupias
E da água nem uma gota!
O Mamlatdar assina documentos
E não compreende uma letra sequer!
O mestre da escola abandona as aulas
E visita as casas da aldeia
A ensinar aos pais
“Jajach Pahijê!”
Como, às vezes,
No hotel da cidade
E pago rupia e meia
E quando saio
Vejo que a minha pança
Está ainda vazia!
Um telegrama do meu velho tio
Expedido de Canácona
Em dois de Janeiro,
Chega-me em três de Fevereiro!
(E ironia do Destino!)
Quando chego ao mau destino
Estava o tio transferido
Para o céu!
A minha terra abunda
Em cocos – dizem
Mas eu compro dois
Por uma rupia!
E, às vezes, saem ocos
Na lauta boda que lá vai,
Migalhas cabem ao vizinho,
Sofredor político
Que deu seu sangue
Para elevar uns boçais
Às cadeiras dos governantes!
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Estou a boiar
Nas delícias do paraíso!
Estou a boiar
Nas delícias do paraíso!
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