Cioso de mundo,
Do rir profundo
Que nele havia,
Um deus, um dia,
Meditabundo
Ao vale fundo
Duma alta serra
Desceu
Do céu
À leda Terra.
E ali, irado,
Transfigurado
Em um vulcano
No ódio insano
Só, ao luar,
Entrou a malhar
Setas ervadas
Que disparadas
Fossem ferir
O homem a rir;
Grave, colheu
A luz ao céu
Ao vinho a cor
O aroma à flor
E na ira ardendo
Foi os tecendo
À luz da Dor.
Co’o rubro ardor
Do fogo
E logo
Nasceu o Amor.
A noite escura
Pede a negrura;
À alma doentia
A hipocondria
Rouba tristuras
As sepulturas
E logo, horrendo,
À luz da lua
Co’a força crua
Dum fino gume,
E então
Na mão
Rugiu o Ciúme.
Assim quis um deus um dia
Rir-se de quem muito ria.
Do rir profundo
Que nele havia,
Um deus, um dia,
Meditabundo
Ao vale fundo
Duma alta serra
Desceu
Do céu
À leda Terra.
E ali, irado,
Transfigurado
Em um vulcano
No ódio insano
Só, ao luar,
Entrou a malhar
Setas ervadas
Que disparadas
Fossem ferir
O homem a rir;
Grave, colheu
A luz ao céu
Ao vinho a cor
O aroma à flor
E na ira ardendo
Foi os tecendo
À luz da Dor.
Co’o rubro ardor
Do fogo
E logo
Nasceu o Amor.
A noite escura
Pede a negrura;
À alma doentia
A hipocondria
Rouba tristuras
As sepulturas
E logo, horrendo,
À luz da lua
Co’a força crua
Dum fino gume,
E então
Na mão
Rugiu o Ciúme.
Assim quis um deus um dia
Rir-se de quem muito ria.
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