Pelas densas escruridões nocturnas
Passam lá em cortejo enfileiradas,
Pálidas Sombras, tristes e enlutadas,
Como farrapos de Almas taciturnas.
Saindo das suas carcomidas urnas
Em dolorosos crepes embrulhadas,
Vão todas Elas, frias e geladas,
Com as faces chupadas e soturnas.
Perguntei, porém, ao cortejo fúnebre:-
Ó velhas Sombras, lívidas e mortas,
Pra onde ides acossadas de Tristeza?
- Vamos nós, ao gemer do Sino lúgubre,
Bater às vossas generosas portas,
Mendigando a Esmola duma Reza.
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