Sempre airosa e gentil, a bailadeira
Com o seu nôt de aljôfares nacarados,
Que encima os lábios, dois rubis rosados,
Tem encantos e olhar de feiticeira
Baila e canta nos templos desta beira
Do Índico com requebros e trinados.
Para louvar Ramá com seus bailados
Traja pitambor grácil e ligeira.
Argentinas pãiznam ao famoso astro
Beijam-lhe o tornozelo de alabastro
Com paixão, singeleza, bizarria...
Do lodaçal, qual lótus, foi cativa.
Uma bela alma dá a essa diva,
Num gesto nobre, a carta de alforria.
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