Canto de Vitória
Grande ou pequena,
rica ou pobre,
esta Terra é nossa,
uma herança ancestral;
nós lutámos e sofremos
para a LIBERTAR.
Único anseio nos guiou
na nossa luta insane
sem tréguas e sem quartel,
na alegria e na dor:
fazer ressurgir Goa
com o seu prestino esplendor;
Fazer da Nossa Terra
um manancial
de leite e mel:
dar um palmo de terra
a todos, para cultivar;
um tecto para abrigar
os deserdados sem lar
Esta Terra é nossa,
legitimamente nossa,
uma herança ancestral;
nós lutámos e sofremos
para a RESGATAR.
Não consentiremos
que politicos sem escrúpulos
façam da Nossa Terra
um tabuleiro de xadrez
para o jogo dos seus interesses
sujeitando-nos ao revês
de perder o que ganhamaos.
Esta Terra é nossa,
legitimamente nossa,
uma herança ancestral;
nós lutamos e sofremos
para a LIBERTAR.
No seio da Mãe-Índia
nós queremos viver
como seus legítimos filhos que somos;
mas em nome da UNIDADE
não venham subverter
a nossa IDENTIDADE.
Do mesmo modo que lutamos
com os nossos dominadores
nós lutaremos
com os nossos exploradores.
Esta terra é nossa,
legitimamente nossa,
uma herança ancestral;
nós lutámos e sofremos para a RESGATAR.
Grande ou pequena,
rica ou pobre,
esta Terra é nossa,
orgulhamo-nos dela.
Num solar ou num tugúrio
nós sabemos viver
com altivez e orgulho,
porque esta Terra é nossa,
legitimamente nossa;
uma herança ancestral
nós lutámos e sofremos
para a LIBERTAR.
A Unidade
Balkrishna, dá-me a tua mão.
Somos filhos da mesma mãe,
gerados no mesmo ventre,
tu Hindu e eu Cristão.
Manuel António, meu irmão,
nós demos o corpo ao manifesto
com coragem e decisão;
mas são os dúbios que colhem
os frutos da LIBERTAÇÃO.
Por Allah, eu juro;
soa o traço de união
entre o Hindu e o Cristão,
no passado, no presente, no futuro.
A nossa raiz é a mesma,
somos três elos
da mesma geração.
Por isso nós demos a mão,
na luta da Libertação.
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