Thursday, 23 June 2011

Ananta Rau Sar Dessai - Divali do miserável (1963)

Hoje é o Divali, cada um ilumina a sua habitação
Como hei-de iluminar rua, que habito, se nada tenho à mão!

Hoje é o Divalio, cada um, tomando banho ostenta novos vestidos.
Como hei-de mudar os farrapos que visto – pois é uma regalia dos tidos.

Hoje é o Divali, cada um vai a Devalaia para fazer um Namascar a Deus
Não o faço – não o farei – digo-o descaradamente, podem dizer que sou dos ateus.

Hoje é Divali, cada um dá presentes aos amigos e parentes.
O que hei-de oferecer eu – que presentes farei – pois só me restam dentes.

Hoje é o Divali, cada um prepara para “Fou”, mil e um pratos
O que hei-de preparar eu – pois no lugar onde eu moro nem há ratos.

Hoje é o Divali, cada um convida para “Fou”, os seus amigos e vizinhos.
Para que hei-de e a quem hei-de convidar eu – pois estes, não existem aos pobrezinhos.

Hoje é o Divali, cada um se sente feliz em companhia da sua dama,
A minha dama – companheira fiel que nunca me larga, é esta grossa lágrima.

Hoje é o Divali, coração de cada um está cheio de alegria
Mas, o meu está inundado de tristezas, negá-lo falsidade seria.

Hoje é o Divali, cada um se lembra com gratidão Xri Krisna que matou o Narakassar
Mas, eu espero – aguardo com impaciência. Xri Krisna que matará o “Daridyassar”.

Hoje é o Divali, cada um festeja a libertação da injusta prisão do opressor dos milhares dos inocentes.
O meu Divali, festeja a libertação da injusta prisão do opressor dos milhares dos inocentes.

O meu Divali, festejarei eu, naquele dia em que serão libertos da miséria, eu, e como eu milhões dos entes.

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