Vibram nos ares ainda, os brados repugnantes
Dos assassinos vis, cobardes, desumanos
Que, como alcateia, famélico, uivante,
Os punhais embeberam em peitos Lusitanos!
Vibra no ar, ainda, o trágico instante
Da queda de Dadrá... de queda dos valentes,
Que, oferecendo o peito, ao gume traiçoeiro,
Ganharam direito a estar sempre presentes
No coração do povo, de PORTUGAL inteiro!
Passaram meses... os anos em turbilhão,
Na voragem do tempo, que tudo apaga
Tudo nnao!... Que a honra desta Nação,
Que os seus filhos ama e tanto afaga,
Não pode esquecer, Dadrá, sacrificada,
Não esquece os heróis que ali tombaram!
Temei, pois, corja vil, esfarrapada,
Que levantar o braço armado, a tanto ousaram
Que a espada da justiça é bem pesada!
Temei, sim, temei, porque a alvorada,
O raiar do novo dia... a expiação
Vem surgindo, passos largos, apressada
A castigar esse crime, essa traição!
Temei, oh! Sim, temei, porque a própria natureza,
A terra inteira, para sempre bradará...!
Dadrá não vos pertence, é sempre portuguesa!
Dadrá, continua firme, sincera e leal,
E viverá eternamente, bem ligada a PORTUGAL!
No comments:
Post a Comment